quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Entrevista com Adam Smith


Nessa semana vamos entrevistar o escocês nascido em 1723, Adam Smith, um dos maiores, senão o maior filósofo do liberalismo econômico do século XVIII.



Entrevistador: Muitas pessoas entendem que, quando um trabalhador que sirva à outras pessoas apenas o faz por dinheiro esse trabalhador é apenas um interesseiro, sem se preocupar com o seu próprio cliente. Qual sua opinião sobre isso?
Adam Smith: Não colocaria essa situação da mesma maneira, pois, mesmo que esse trabalhador não pense em seu cliente, para pensar em seu dinheiro ele deve agradar a seu cliente, no mínimo ter um produto de qualidade e com custo acessível. Assim, pensando em seu dinheiro o trabalhador atende as necessidades do cliente e ambos se auto-beneficiam.

Entrevistador: Você poderia nos dar um exemplo?
Adam Smith: Pois não. Quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfico para ela e para seu patrão. Ela ganhará o salário e ele a carne.

Entrevistador: Você uma vez disse que o segredo da economia é "deixar fluir livremente" e que na verdade, intervenções e restrições do governo na economia apenas atrapalha o crescimento do lugar. Poderia explicar esse pensamento?
Adam Smith: o governo não precisa interferir na economia. Um mercado livre produzirá bens na quantidade e no preço que a sociedade espera. Vamos supor que os moradores de uma cidade necessitem de uma livraria. Naquele momento há apenas uma livraria. A partir do instante em que todos desejam comprar seu produto, ele pode cobrar preços muito altos. Outras pessoas na sociedade percebem o negócio está ganhando muito dinheiro e então decidem abrir sua própria livraria. Logo haverá diversas livrarias e todas vão querer atrair o maior número de clientes possível. Para isso, os donos irão vender os livros mais procurados com preços acessiveis. Sem intervenção do governo.

Entrevistador: Você percebe que essas empresas privadas que o senhor defendia praticavam diversos tipos de abuso?
Adam Smith: Sim, estava ciente disso. Em fato, denunciei formações de monopólio e sou extremamente contra conspirações comerciais e cartéis. Estes fenômenos prejudicariam os trabalhos da "Mão Invisível'.

Entrevistador: O que seria a " Mão Invisível"?
Adam Smith: “Cada indivíduo procura apenas seu próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção… Perseguindo seus próprios interesses, freqüentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo”.

Fonte:
1, 2, 3

Postado por: Marina Nogueira

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