quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Biografia John Locke




 John Locke nasceu em 29 de agosto de 1632  na cidade de Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra e foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo.
Mesmo tendo origem humilde, seus pais tiveram a preocupação de dar ao jovem uma rica formação educacional, ele foi educado na Westminster School. Em 1652, entrou para a Christ Church College, em Oxford. Recebeu o bacharel em Artes, em 1656. Estudou Medicina, e Ciências Naturais. Em 1668, foi admitido na academia científica da Sociedade Real de Londres. Complementou sua educação com o estudo das obras de Descartes, Thomas Hobbes e Francis Bacon e desenvolveu o interesse pela Filosofia.
Em 1666 conheceu Lord Ashley, conde de Shaftesbury em 1672, passando a integrar a casa do aristocrata, chefe do partido Whig. Dirigiu, ou realizou, uma operação que salvou o seu patrono o que lhe abriu as portas da Royal Society. A sua posição junto de Ashley tornou-se assim indispensável, tendo negociado o casamento do seu herdeiro e tornando-se o seu tutor, apoiou o conde nas suas obrigações, tanto na administração dos seus interesses privados, como nos do serviço público. Assim, quando Shaftesbury foi nomeado Lorde Chanceler, Locke tornou-se o seu secretário para a apresentação de benefícios, sendo nomeado no ano seguinte, em 1673, secretário da Junta de Comércio, que abandonou em 1675 devido à queda política do seu protector.
A vida política de Locke fê-lo viajar bastante. Visitou a Alemanha em 1666, quando acompanhou uma embaixada inglesa à corte prussiana, durante a primeira Guerra contra a Holanda. Em 1675 foi viver para França, realizando algumas excursões, mas tendo vivido sobretudo em Montpellier. Foi nesta cidade que começou a tomar forma o seu Ensaio sobre o Entendimento Humano, obra que começou em 1671 e que só será publicado em 1690. Regressado a Inglaterra em 1679, exilou-se na Holanda em Agosto de 1683, depois de uma breve passagem por França, devido às posições políticas de Ashley que, em luta aberta contra o rei católico de Inglaterra, Jaime II, se tinha exilado no mesmo país, e aí morrido no ano anterior.
Na Holanda, andando de cidade em cidade, para fugir da prisão, requerida pela Inglaterra, conheceu Philip van Limbroch, dirigente de uma seita protestante, teólogo liberal a quem foi dedicada o livro escrito por John Locke, "Cartas sobre a Tolerância", na qual defende as ações dos cidadãos, principalmente no campo religioso, que devem ser toleradas pelo Estado, desde que cumpram as funções de defender a vida, a liberdade e a propriedade. O filósofo também escreveu outros livros, sendo sua principal obra  “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia. Locke retornou a Inglaterra em 1688, após o restabelecimento do protestantismo.

John Locke defendia que todo homem tinha direitos naturais, como a liberdade, a felicidade e a prosperidade, que deviam ser garantidos pelo governo. Ele buscava conhecer de modo mais profundo as capacidades da razão humana, o que é próprio da razão e o que não é, busca conhecer melhor quais são as reais qualidades e possibilidades da nossa razão. Espera dessa forma definir a origem das nossas ideias e qual é o valor dos conhecimentos que conseguimos ter, definir onde começa e até onde pode ir nossa capacidade de conhecer. Saber sobre o que nosso intelecto pode ou não ocupar-se. Se conhecermos quais os limites da nossa capacidade de conhecimento não vamos gastar energia com coisas que estão além do nosso poder e fugiremos de disputas intelectuais sobre as quais não conhecemos o suficiente. Conhecendo os limites da nossa capacidade de conhecer, conheceremos os limites da nossa ignorância e a falibilidade das nossas ideias. Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo. Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil. E também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da Igreja Católica. Para ele, o poder deveria ser dividido em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante. Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.

 John Locke tem algumas frases famosas, como por exemplo: 
- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral." 
- "A leitura  fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que lemos".
- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos". 

O novo regime quis reconhecer os serviços e nomeou-o embaixador ou para Berlim ou para Viena, à sua escolha, mas Locke recusou. Foram-lhe propostos outros cargos menos importantes, que aceitou, como o de comissário de comércio.
Respeitado por vários outros representantes do pensamento liberal, John Locke estava muito doente e não conseguia mais levantar-se da cama. Faleceu aos 72 anos em 28/10/1704, na cidade de Oates, Inglaterra.

Fontes: 1 ,2 , 3 , 4 ,5 , 6
Postado por: Maíra Louback Castilho

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